Vivemos num mundo obcecado por padrões estéticos inalcançáveis.
Sim, já começo este texto com essa afirmação e bomba, em plena segunda-feira. Segunda esta aliás que foi intitulada por muitos como dia de começar a dieta
Mas voltemos para o nosso título. Sabe a Geração Pugliesi? Nós a criamos. Eu, você e todas as outras mulheres. Difícil acreditar nisso, né? Mas é real. Nós criamos essa geração e nós a sustentamos em nossas próprias costas, mente ou barriga, como cada um preferir. Como? Eu explico.
Todas as vezes que você aceitou que ser magro ou com músculos é ser bonito, nasce uma pessoa da geração Pugliesi.
Todas as vezes que você ou outra pessoa compactuou com um bullying, discriminação com um amiguinho da escola, por ele não se encaixar no padrão que todos acreditavam ser o correto, nasce uma pessoa da geração Pugliesi.
Em cada momento que uma pessoa foi julgada por sua aparência e aparentemente  excesso de peso, nasce uma pessoa da geração Pugliesi.

 

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Uma vez que concordamos ou mesmo mantemos o silêncio diante desta realidade, sim, consentimos que essa geração viva definindo quem é belo e quem não é. Afinal, o que é a beleza? Sabemos que é algo que nos agrada, que de algum modo nos atrai, mas como podemos definir o que é ou quem é belo ou não, se cada um possui seu conceito individual de beleza de acordo com cultura, costumes, entre outras coisas?
E é aí que entramos na questão do outro. Como julgar o que não passa em sua mente e corpo? Será mesmo que a felicidade de alguém depende de um padrão estético? Quando incentivamos isto, criamos uma sociedade doentia, com pessoas que não se enxergam dentro dela, por não se encaixarem em um padrão. Quando exaltamos uma Pugliesi, criamos baixa estima, doenças alimentares, depressão, entre tantos outros problemas, em pessoas que não são iguais a Pugliesi.
Aceitar o próprio corpo ou querer modificar alguma parte dele, deve ser uma decisão unicamente sua, pois é você que terá que conviver com as mudanças pelo resto de sua vida. Ninguém está errado em querer perder peso ou fazer uma cirurgia plástica ou alisar o cabelo ou mudar qualquer outra coisa que não goste em si, errado está em querer forçar isto para agradar o outro. 
Eis que chego no último ponto que gostaria de falar: Felicidade.
Felicidade sim, pois está completamente relacionado ao nosso texto de hoje.
Do que depende sua felicidade? A quê ela está atrelada? Ao seu corpo? A experiências? Você escolhe.
Independente de sua escolha, lembre-se: É sua escolha, quem deve ser feliz com ela é você, quem deve se sentir bem com ela é você. Você é feliz comendo alface e indo para a academia todos os dias? Ótimo. Você é feliz comendo hambúrguer e relaxando no sofá? Ótimo. 
Devemos valorizar um mundo onde cada um possa escolher a vida que quer levar, sem julgamentos, preconceito ou padrões.

Escrito por

laisalves

Formada história, professora, modelista e agora blogueira.
Acompanhe minhas postagens sobre temas ligados ao
universo da moda e beleza.