unicórnio

Eis uma das perguntas que recebo com frequência, cada vez que alguém nota o unicórnio tatuado em meu braço, os detalhes de unicórnio em meu escritório/studio, ou em meu quarto. Afinal, por que um unicórnio?

Pra começar o processo de explicação, preciso primeiramente falar de um filme. Sim , um filme. Um filme que desde já quero deixar registrado aqui como forte indicação a todos, pois talvez ele mude sua forma de pensar, agir e encarar a vida. Sem mais delongas, vamos ao filme.

unicórnio

A grande sacada do filme é que quando Kit resolve ser como a sociedade determina que um adulto seja, ela perde algo muito importante da sua essência enquanto pessoa, e se torna mais um profissional comum na profissão que desempenha, mas quando ela permite viver seu lado extrovertido e alegre, é justamente o “jeito Kit de ser” que a faz desempenhar um trabalho realmente extraordinário, com ideias originais e se destacar no meio profissional.

De forma sutil, o filme Unicorn Store é cheio de metáforas e críticas a problemas reais que a minha (e talvez sua também) geração vive, sendo um deles sobre o peso de ser bem sucedido até os 30 anos. Quantas vezes você que está lendo este post neste exato momento, não se sentiu pressionado a ter a profissão ideal, com vida ideal, salário ideal e todas as construções que, segundo alguém da sua família ou próxima a você, determinou que todos deveriam ter até os 30 anos? Quantas vezes você não ouviu a frase “seu pai conseguiu isso em tal idade…”, “em tal momento seu avô já tinha uma casa e uma família…”, entre outras tantas frases carregadas de obrigações e pesos que você tomou pra si, acredito ser o certo a seguir?

Além disto, a principal crítica e questionamento que o filme Unicorn Store traz para reflexão é: Até onde você deve mudar para se encaixar em algum padrão que a sociedade determina que você deve seguir?

unicórnio

Mudar a forma de se vestir, o corte de cabelo, os hobbies, entre outras coisas, para ser aceito e ser considerado “normal”, realmente vale a pena? De maneira leve e divertida, Unicorn Store traz reflexões importantes, e algumas delas tocaram lembranças bem específicas de um momento que vivi lá no início do Blog, sendo exatamente como a personagem principal do filme: Deixando de lado tudo o que amava pra tentar me encaixar num padrão, e ser a figura da “blogueira”. Quando percebi que o que fazia meu conteúdo ser original e atrativo ao meu público era justamente meus gostos particulares e diferentes da grande maioria, vi a possibilidade de impactar na vida das pessoas sendo útil e acima de tudo, sendo eu mesma.

Uma roupa não pode definir quem você é. Um corte ou tom de cabelo não pode jamais medir sua capacidade profissional. Somos maiores que isso. Cada pessoa deve exercer sua individualidade e identidade da maneira que se sentir mais confortável, e não, não precisamos vestir as mesmas roupas, termos os mesmos gostos, nos comportamos da mesma maneira, pois cada pessoa é única, e é isso que torna a sociedade mais divertida.

Foi assim que um unicórnio acabou entrando sem querer em minha vida, e ficou eternizado em minha pele: Pra lembrar de jamais perder minha essência, para se tornar uma “pessoa comum”. Não sou como as outras pessoas, e nem preciso ser.

Escrito por

laisalves

Formada história, professora, modelista e agora blogueira.
Acompanhe minhas postagens sobre temas ligados ao
universo da moda e beleza.